terça-feira, 23 de março de 2010

Santa Maria do Bouro


Fui passar o fim de semana aqui: Pousada de Santa Maria do Bouro.
Um local idílico,
A chuva, o nevoeiro,
A beleza e a paz dos claustros,
A lareira acesa e o cheiro a fumo,
As nossas conversas,
Tu...
Mais uma vez, é um privilégio ter estado (e estar) aqui contigo...

terça-feira, 16 de março de 2010

quarta-feira, 10 de março de 2010

Alice

Ainda neste Domingo no "Câmara Clara", falou-se de Lewis Carroll, e da sua Alice, tentando-se esmiuçar o que terá estado por detrás de tanta imaginação, se drogas, se um estado esquizofrénico...
Ontem vi a Alice de Tim Burton, e claro que foi absolutamente fantástico: as cores, o grafismo, a loucura das personagens...O mundo de Tim no seu melhor. Continua a não desiludir.
E não foi dificil chegar à conclusão de onde terá vindo toda aquela imaginação de Carroll ao criar este mundo paralelo. Na altura que o livro foi escrito estavasse na época vitoriana, uma época conservadora, regida por regras rígidas, onde se esperava que pessoas com um certo estatuto desempenhassem um certo papel na sociedade, não podendo escapar ao seu destino (e Carroll seria certamente um destes casos, uma vez que era professor de Matemática em Oxford), não podendo escapar à crítica e aos olhares severos da sociedade.
Alice nada mais é do que uma fuga a este destino traçado, uma fuga à realidade, a capacidade de questionar, pôr a ordem instituída em causa.
Todos nós gostamos de fugir às garras da realidade que nos rodeia...Alice é a nossa heroína.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Fantas

E hoje perdi a virgindade...
Não no sentido em que as mentes preservas estão a pensar, mas neste: após 16 anos a morar no Porto, fui finalmente ao Fantas...É uma vergonha dizer isto, mas é verdade. Fico sempre reticente em ver filmes dos quais nada sei, de realizadores que não acompanho e actores desconhecidos do grande público. Mas este ano foi diferente. Fui ver Ward nº6, filme russo nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, em que a história me despertou a curiosidade, e fui literalmente "arrastada" por uma excelente companhia.
Este filme, filmado como se um documentário se tratasse, surpreendeu-me. Foi um daqueles filmes em que se tem de ir mais para além dos diálogos apresentados na tela...
Fala-se da imortalidade, sendo esta uma invenção do génio humano, incapaz de lidar com o facto de desaparecer da terra sem deixar rasto. Sendo esta uma invenção do nosso egocentrismo.
Fala-se da loucura - afinal o que é ser são? É ter um trabalho das 9 às 17h30 (quem o tiver), cheio de rotinas, submetermo-nos à moralidade hipócrita da nossa sociedade, às suas regras e ditames, ou serão esses indivíduos institucionalizados, esses, verdadeiramente livres da imposição de regras estúpidas, obedecendo a nada mais que ao seu instinto?
Gostaria um dia de ser louca e ser livre...

This used to be my playground