Ainda neste Domingo no "Câmara Clara", falou-se de Lewis Carroll, e da sua Alice, tentando-se esmiuçar o que terá estado por detrás de tanta imaginação, se drogas, se um estado esquizofrénico...
Ontem vi a Alice de Tim Burton, e claro que foi absolutamente fantástico: as cores, o grafismo, a loucura das personagens...O mundo de Tim no seu melhor. Continua a não desiludir.
E não foi dificil chegar à conclusão de onde terá vindo toda aquela imaginação de Carroll ao criar este mundo paralelo. Na altura que o livro foi escrito estavasse na época vitoriana, uma época conservadora, regida por regras rígidas, onde se esperava que pessoas com um certo estatuto desempenhassem um certo papel na sociedade, não podendo escapar ao seu destino (e Carroll seria certamente um destes casos, uma vez que era professor de Matemática em Oxford), não podendo escapar à crítica e aos olhares severos da sociedade.
Alice nada mais é do que uma fuga a este destino traçado, uma fuga à realidade, a capacidade de questionar, pôr a ordem instituída em causa.
Todos nós gostamos de fugir às garras da realidade que nos rodeia...Alice é a nossa heroína.
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