domingo, 9 de dezembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Solidão
À sua volta crescia o silêncio, doloroso silêncio, semelhante ao que se estende por cima do mar cuja misteriosa mansidão nos acorda, obrigando-nos a descobrir, subitamente, que a solidão é muito maior do que julgávamos.
- Al Berto
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Cansaço
Um dia, depois de viver sem tédio muitos iguais, viu-se diferente de si mesma. Estava cansada. Andou de um lado para outro. Ela própria não sabia o que queria. Pôs-se a cantar baixinho, com a boca fechada. Depois cansou-se e passou a pensar em coisas. Mas não o conseguia inteiramente. Dentro de si algo tentava parar. Ficou esperando e nada vinha para ela. Vagarosamente entristeceu de uma tristeza insuficiente e por isso duplamente triste. Continuou a andar por vários dias e seus passos soavam como o cair de folhas mortas no chão. (...)
Na verdade ela sempre fora duas, a que sabia ligeiramente que era e a que era mesmo, profundamente.
- Clarice Lispector
- Clarice Lispector
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
A manipulação do ser
A manipulação do ser...
Somos meros fantoches, animados por fios invisíveis,
E vivendo a nossa vida julgando-nos o ser supremo...
domingo, 5 de agosto de 2012
terça-feira, 24 de julho de 2012
sábado, 21 de julho de 2012
sábado, 14 de julho de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Distância
Não. Ninguém sabe de ninguém os mundos
que cada um habita.
Falo-te. Nunca te disse.
em longas falas digo-te coisas tão particulares
de cada um de nós
de tudo em volta.
Das pequenas misérias diárias
dos pequenos nadas do livro que se leu.
Do que se sente
do que se pressente do que dói.
Das coisas diárias…
Do reparar nas coisas. A beleza das coisas.
Da harmonia do silêncio. A harmonia.
Das raízes sinuosas do afecto os inexplicáveis elos.
Tudo fica entre mim. É quasi perfeito como diálogo, o nosso.
Que me responderias?
Que me poderias responder melhor
do que aquilo que te atribuo como resposta?
Na minha distância espero-te
sabendo que não sabendo tu que te espero nunca virás.
É isso essencialmente a distância.
Aí preparo em cada dia
especiais momentos para a tua inexplicável chegada.
— Maria Keil, Árvores de domingo
que cada um habita.
Falo-te. Nunca te disse.
em longas falas digo-te coisas tão particulares
de cada um de nós
de tudo em volta.
Das pequenas misérias diárias
dos pequenos nadas do livro que se leu.
Do que se sente
do que se pressente do que dói.
Das coisas diárias…
Do reparar nas coisas. A beleza das coisas.
Da harmonia do silêncio. A harmonia.
Das raízes sinuosas do afecto os inexplicáveis elos.
Tudo fica entre mim. É quasi perfeito como diálogo, o nosso.
Que me responderias?
Que me poderias responder melhor
do que aquilo que te atribuo como resposta?
Na minha distância espero-te
sabendo que não sabendo tu que te espero nunca virás.
É isso essencialmente a distância.
Aí preparo em cada dia
especiais momentos para a tua inexplicável chegada.
— Maria Keil, Árvores de domingo
segunda-feira, 18 de junho de 2012
domingo, 17 de junho de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
I will show you fear...
"I will show you fear in a handful of dust."
- T.S. Eliot, The Waste Land, 1922
quinta-feira, 19 de abril de 2012
The Sentinels
The crows are wainting for you..
Watching closely your footsteps,
Earing the whisper in your heart...
sexta-feira, 30 de março de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Crepúsculo
Chegava a qualquer cidade e alugava dois ou três quartos, distantes uns dos outros, mas nunca pernoitava duas vezes de seguida no mesmo.
Em todos eles simulava viver há muito tempo. Num, espalhava bugigangas de plástico, compradas aos vendedores ambulantes, sobre os poucos desengonçados móveis. Noutro, pendurava roupa nos pregos que tinham servido para pendurar estampas baratas, e que alguém se dera ao incómodo de roubar.
Por vezes, deitado, olhava para os pregos espetados nas paredes e tentava perceber o que levava alguém a roubar aquelas arrumadinhas paisagens suíças que, infalivelmente, decoravam os quartos das pensões. E adormecia a pensar que no outro quarto cobrira as paredes com fotografias, e era nesse quarto que lhe apetecia estar.
(…)
al berto - crepúsculo
in lunário
Em todos eles simulava viver há muito tempo. Num, espalhava bugigangas de plástico, compradas aos vendedores ambulantes, sobre os poucos desengonçados móveis. Noutro, pendurava roupa nos pregos que tinham servido para pendurar estampas baratas, e que alguém se dera ao incómodo de roubar.
Por vezes, deitado, olhava para os pregos espetados nas paredes e tentava perceber o que levava alguém a roubar aquelas arrumadinhas paisagens suíças que, infalivelmente, decoravam os quartos das pensões. E adormecia a pensar que no outro quarto cobrira as paredes com fotografias, e era nesse quarto que lhe apetecia estar.
(…)
al berto - crepúsculo
in lunário
Working Classe Hero
As soon as you're born they make you feel small
By giving you no time instead of it all
Till the pain is so big you feel nothing at all
A working class hero is something to be
A working class hero is something to be
They hurt you at home and they hit you at school
They hate you if you're clever and they despise a fool
Till you're so fucking crazy you can't follow their rules
A working class hero is something to be
A working class hero is something to be
When they've tortured and scared you for twenty odd years
Then they expect you to pick a career
When you can't really function you're so full of fear
A working class hero is something to be
A working class hero is something to be
Keep you doped with religion and sex and TV
And you think you're so clever and class less and free
But you're still fucking peasants as far as I can see
A working class hero is something to be
A working class hero is something to be
There's room at the top they are telling you still
But first you must learn how to smile as you kill
If you want to be like the folks on the hill
A working class hero is something to be
A working class hero is something to be
If you want to be a hero well just follow me
If you want to be a hero well just follow me
- John Lennon, Working Classe Hero -
By giving you no time instead of it all
Till the pain is so big you feel nothing at all
A working class hero is something to be
A working class hero is something to be
They hurt you at home and they hit you at school
They hate you if you're clever and they despise a fool
Till you're so fucking crazy you can't follow their rules
A working class hero is something to be
A working class hero is something to be
When they've tortured and scared you for twenty odd years
Then they expect you to pick a career
When you can't really function you're so full of fear
A working class hero is something to be
A working class hero is something to be
Keep you doped with religion and sex and TV
And you think you're so clever and class less and free
But you're still fucking peasants as far as I can see
A working class hero is something to be
A working class hero is something to be
There's room at the top they are telling you still
But first you must learn how to smile as you kill
If you want to be like the folks on the hill
A working class hero is something to be
A working class hero is something to be
If you want to be a hero well just follow me
If you want to be a hero well just follow me
- John Lennon, Working Classe Hero -
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Um pouco de beleza
Um pouco de beleza neste mundo cinza e caótico,
Que só nos mostra histórias kafkianas
De dor e desespero
domingo, 5 de fevereiro de 2012
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