sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

127 HOURS



Fui ver este filme ao Fantas e foi fenomenal...mostra-nos a vontade e determinação do ser humano, mostra-nos que o egoísmo traz algumas consequências desagradáveis, deixa-nos a pensar se, realmente, todos os passos que demos na nossa vida foi para levar-nos àquele sítio e àquela circunstância...
A mim incomoda-me esse pensamento, pensar que terei a minha vida delineada e planeada, e todas as decisões que tomei, todos os caminhos que escolhi estavam pré determinados...
Destino, Fado...Incomoda-me pensar que posso apenas ser uma marionete, um joguete, e que ao fim ao cabo tudo estava decidido...
Acredito sim que as nossas acções têm consequências, e que um contínuo de acções poderão levar-nos a uma circunstância, benéfica ou trágica...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Fallen Angel

Photographer: О. Шелегеда

Hoje cai em mim...
Tomei consciência da minha condição de pecadora,
Caindo em tentação pela luxúria, pela gula, pela ira...
Sinto frio...
Sinto a minha alma gélida...
Hoje,
Percebi que sou mortal...

Reduzi-nos à servidão, contanto que nos alimenteis

“Não há nada mais sedutor aos olhos dos homens do que a liberdade de consciência, mas também não há nada mais terrível. Em lugar de pacificar a consciência humana de uma vez por todas mediante sólidos princípios, Tu lhe ofereceste o que há de mais estranho, de mais enigmático, de mais indeterminado, tudo o que ultrapassava as forças humanas: a liberdade. Agiste, pois, como se não amasses os homens... Em vez de Te apoderares da liberdade humana, Tu a multiplicaste, e assim fazendo, envenenaste com tormentos a vida do homem, para toda a eternidade...”
"Nenhuma ciência lhes dará pão, enquanto permanecerem livres, mas acabarão por depositá-la a nossos pés, essa liberdade, dizendo: ‘Reduzi-nos à servidão, contanto que nos alimenteis’"
- Dostoievski, in "Os Irmãos Karamazovi" -

Os homens veneram a palavra liberdade, e a sensação de poderem voar livremente sem barreiras, mas têm medo do precipicio e da insegurança...Preferem servir e a subserviência, desde que isso implique a segurança de ter pão em cima da mesa...Abandonam, por isso, os grandes vôos ,e acorrentam-se voluntariamente na segurança das gaiolas...

PATOS SELVAGENS

PATOS SELVAGENS

“ Era uma vez um bando de patos selvagens que voava nas alturas. Lá em cima era o vento, o frio, os horizontes sem fim, as madrugadas e os poentes coloridos. Tudo tão bonito! Mas era uma beleza que doía. O cansaço do bater das asas, o não ter casa fixa, o estar sempre voando e as espingardas dos caçadores... Foi então que um dos patos selvagens, olhando lá das alturas para a terra aqui em baixo, viu um bando de patos domésticos. Eram muitos. Estavam tranquilamente deitados à sombra de uma árvore. Não precisavam voar. Não havia caçadores. Não precisavam buscar o que comer: o seu dono lhes dava milho diariamente. E o pato selvagem, invejou os patos domésticos e resolveu juntar-se a eles. Disse adeus aos seus companheiros, baixou seu voo e passou a viver a vida mansa que pediu a Deus. Assim viveu por muitos anos. Até que... Até que, num ano como os outros, chegou de novo o tempo da migração dos patos selvagens. Eles passavam nas alturas, no fundo azul do céu, grasnando, um grupo após outro. Aquelas visões dos patos em voo, as memórias de alturas, aqueles grasnados de outros tempos começaram a mexer com algum lugar esquecido dentro do pato domesticado, o lugar chamado saudade. Uma nostalgia pela vida selvagem, pelas belezas que só se veem nas alturas, pelo fascínio do perigo... Até que não não foi mais possível aguentar a saudade. Resolveu voltar a ser o pato selvagem que fora. Abriu as asas, bateu-as para voar, como outrora... Mas não voou. Caiu. Esborrachou-se no chão. Estava gordo demais. E assim passou o resto de sua vida: em segurança, gordo de barriga cheia, protegido pelas cercas e triste por não poder voar..."

Rubem Alves

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Phanton

Photographer: Оксана Арт

Like a phanton, I walk in this earth...
Wandering in search...
Search of, of what??
Don't remember,
Phantons don't have memory...


Dark...

Photographer: Dmitry Ageev

My dark soul waits for the darknest hour...

This used to be my playground