Perante o bem fiz um gesto de capitulação.
As trevas expandem-se, roubando toda a Luz,
As malhas da noite, um frio em mim produz...
Não consigo afastar este negro sentimento,
Não consigo afastar o amargo cálice deste momento.
Só com as criaturas nocturnas me sinto em harmonia,
Só com os demónios em sintonia.
Sinto-me agora, pela primeira vez, em plena liberdade,
Solta de quaisquer regras impostas pela sociedade.
Voo, corro, danço como uma bailarina,
Tendo como vestido apenas a nocturna neblina...
Com um galanteio, rouba-me a noite um beijo,
Ao qual respondo com um falaz pejo.
O meu
E em breve entrego-lhe o corpo e o coração...
(Texto publicado no 7ºJogo das 12 Palavras, no Eremitério)