Tinha recebido a carta da avó há uma semana avisando-a da sua vinda. Ansiava pelo reencontro com aquela anciã, de cãs alvos e face iluminada pela sua bondade interior, pois já não a via há algum tempo...desde que tinha tinha deixado o Norte e rumado a Lisboa, altura em que ela, decididamente, cortou com o passado e com a mágoa que paisagens tão familiares lhe trazia, e partiu em busca de novas cores e nova caras.A avó tinha-a acompanhado desde sempre, quer enquanto adolescente insegura, ajudando-a a desvendar os segredos da sua feminilidade, quer enquanto adulta apoiando-a nas mudanças da sua vida, como esta que estava agora a atravessar. Tinha sido sua patrona por diversas vezes perante a mãe, protegendo-a da ira materna sempre que ela tinha um comportamento considerado mais rebelde, nunca a julgando e sempre estando do lado dela com aquele sorriso sereno e tão tranquilizante. E sempre que ansiava pelo conhecimento da vida e precisava de respostas, recorria à avó como se de um oráculo se tratasse, bebendo aquelas palavras que a alertavam contra os sofismas e paralogismos do mundo, e lhe diziam para não ter pressa de crescer...
Sorriu...
A campainha tocou...
tenho saudades das minhas...
ResponderEliminarbeijinhossssss Mac
Bom dia,
ResponderEliminarQueria apenas felicita-la pelo excelente texto.
Muito obrigado
Vicente
Uma "avó" terna que aqui me lembra a minha!
ResponderEliminarUm beijinho de boa Alegria em Festas para esse teu sorriso!
Um excelente exercício e muito bem conseguido.
ResponderEliminarBoas Festas Mac, um 2009 repleto de realizações.
Grande abraço.
Sempre a impressionar!
ResponderEliminarMais um texto repleto de emoções e sentimentos que contagiam o leitor e obrigam a recordar o passado agora ausente e distante.
Parabéns miúda, é fantástico como consegues em poucas palavras e com simplicidade descrever pensamentos e memórias.
Tone