domingo, 29 de março de 2009

Alma Perdida

A sua alma vagava sobre os penedos, rugindo atormentada, para todo o sempre AMALDIÇOADA...
Olhava com arrependimento para a sua vida passada,
Vida essa onde a luxuria imperava e o AMOR era negado,
Uma vida onde o som das FLAUTAS soavam toda a noite, acompanhadas de ODES a Baco.
Desejaria de ter tido a CORAGEM de ter vivido uma vida de SIMPLICIDADE,
Mas as luzes luxuriantes e manipuladores da noite eram como VITUALHAS para a sua alma.
Desejaria de ter PARTILHADO o seu leito com alguém de VERDADE,
E TECER esperanças e um amor puro,
Mas a sua alma era como um BENJAMIM mimado sempre sendente de caprichos,
Era como um BEIJA-FLOR bebendo do néctar de diferentes flores.
Só lhe restava agora olhar para este passado com amargura
E passar o resto da eternidade mergulhada num sombrio agrilhoamento.


Texto publicado no Eremitério no 12º Jogo das Palavras

4 comentários:

  1. Anónimo11:49

    Almda perdida? Não me parece!

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  2. Anónimo18:04

    Não me perguntes porquê...mas lembrei-me de "Queixa das almas jovens censuradas" um poema de Natália Correia, para a qual José Mario Branco (salvo erro) fez uma música lindíssima. Conheces?

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  3. As almas "perdidas" encontram-se sempre...às vezes precisam de se perder para depois se encontrarem renovadas...

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  4. alma perdida? hum... acredito que um dia até as almas perdidas se encontrem...

    beija-flor é um animal que me inspira uma ternura imensa, desde o dia em que por força das circunstancias precisei inventar à pressa uma história que animasse um "pequeno beija-flor"...

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